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Thana Kuhnen
Aos 18 anos, a modelo Thana Kuhnen (Way) começa a despontar como nova promessa das passarelas internacionais. Durante a semana de alta-costura, em Paris, a menina de São João, interior do Paraná, abriu o desfile da Dior e participou da apresentação de Jean Paul Gaultier. Dona de uma beleza marcante, ela trabalha há 3 anos como modelo, já desfilou pra quase todas as marcas do Fashion Rio e SPFW e agora curte sua 1ª temporada em Paris. É de lá que ela conversa por telefone com o Blog LP. Confira!
Como você começou na carreira?
Desde pequena as pessoas falavam que eu devia ser modelo, mas eu não queria. Eu não procurava por isso. Tanto que foram meus pais que correram atrás de um scoulter escondidos de mim e, há 3 anos, me colocaram na frente dele. Fui contra, não queria mesmo. Mas eles me convenceram a fazer um book “só pra ter”, sabe? Quando fui ver, minhas fotos já estavam na agência em SP e acabei me mudando.
Que trabalhos você fez aqui no Brasil depois que se mudou pra SP?
Eu fiz 3 temporadas de Fashion Rio e São Paulo Fashion Week. Na última que participei, em janeiro, fiz 35 desfiles no total. Entre eles, Colcci, André Lima e Fause Haten. Aliás, também fotografei a última campanha do Fause.
E como começou a carreira internacional?
Em 2008 morei em NY. Fui pra lá com cabelo comprido, eles cortaram, mudaram meu visual, me prepararam, fizeram meu material e, agora em 2009, comecei a trabalhar. Essa é minha 1ª vez em Paris.
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Thana para a Dior Alta-Costura
Quantos castings você fez por aí?
Nenhum. Logo que cheguei, no começo de maio, fui apresentada à equipe do John Galliano e fiz um desfile interno pra Dior. No final do mesmo mês, acabei conhecendo ele pessoalmente. Ele gostou de mim, me abraçou e agradeceu por estar ali e fechou um contrato de fitting pra toda a temporada. Ou seja, todas as roupas e provas – da alta-costura e do prêt-a-porter – estão sendo feitas comigo, para o meu corpo. Minha agenda está toda tomada por eles, não tenho como participar de castings.
E como pintou a história de abrir o desfile de alta-costura da Dior?
Fiquei sabendo um dia antes. O Galliano, que é muito doce, virou pra mim e falou “você é a number one”, me jogou na mão um look da coleção e avisou que eu iria abrir o desfile. No dia, fiquei muito nervosa, me deu uma tremedeira. Ele ficava gritando pra mim no backstage que eu era fabulosa, pegou na minha mão e disse “desce lá e arrebenta”. Então, eu desci com aquela vontade de demonstrar todo meu agradecimento pela oportunidade que ele estava dando.
Mas você também desfilou pro Gaultier. Como aconteceu isso se você nem participou de castings?
É que no tempo livre do meu trabalho com a Dior, eu fazia alguns fittings pra ele também. Um dia, o Gaultier me convidou pra fazer o desfile. Aí comecei a chorar na frente dele, porque esse era um sonho da minha mãe. Ela sempre falava dele, eu conhecia seu trabalho, e só de entrar ali no ateliê, conversar com ele já era emocionante demais. Durante as provas, ele perguntava o que eu achava do vestido que ia usar, pedia minha opinião sobre um tecido, sobre um acabamento, queria saber se estava segura e gostando daquele look. Pra mim, foi incrível: imagina o que é compartilhar do processo de criação do Gaultier? Ele e o Galliano são pessoas muito queridas, muito fofos.
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Thana na passarela de Gaultier alta-costura
É a sua 1ª vez em Paris, certo? Como está a vida por aí?
Comparando com NY, a cidade é muito diferente, menos agitada, tem mais minha cara. Estou dividindo um apartamento com outra modelo e trabalhando muito. Nas minhas poucas folgas tento sair do trabalho e dormir na casa de uma amiga, reunir as pessoas. Sinto falta do Brasil, mas ainda bem que não sou daquelas meninas que não conseguem ficar sozinhas. Pelo contrário, gosto de ter um tempo pra mim, de poder focar 100% no meu trabalho.
Namoro então, nem pensar?
Por enquanto não. Agora é só trabalho e acho que essa dedicação será recompensada.
Quais os planos futuros?
Estou cumprindo minha agenda essa semana e na outra devo ir para o Brasil, pra tirar duas semanas de férias. Daí volto pra cá, pros desfiles de prêt-à-porter. Mas não consegui sentar, ir a agência, planejar os próximos trabalhos. A única coisa que sei é que hoje fotografo uma matéria pra “Les Echos” com styling do próprio Galliano.
