Com o efeito da crise econômica, 2009 não começou muito animado nas passarelas internacionais e marcou a coleção de despedida de alguns nomes importantes pra moda internacional. Marc Jacobs trocou seus shows badalados por uma apresentação discreta no outono-inverno 2009/10, mas usou muito neon na sua moda anticrise pra relembrar os bons tempos de NY. A cidade ainda viu Jason Wu – queridinho de Michelle Obama – desfrutar as glórias de ser escolhido da primeira-dama e o burburinho em torno da bem-nascida Rodarte, que estaria na mira da LVMH.
A Balenciaga fez esforço pra superar seu futurismo trendy de 2008 e levantou a bola dos drapeados em cetim com inspiração parisiense, enquanto a Louis Vuitton ousou no styling e colocou orelhas de coelho na cabeça das modelos. Também teve o make esquisitão de Alexander McQueen e as botonas da Prada. Mas o que deu o que falar no 1º semestre- além do salto vertiginoso – foi a última coleção de Olivier Theyskens pra Nina Ricci depois de altos e baixos e um desfile lindo.
O anúncio de falência de Christian Lacroix veio em julho com desfile emocionante de alta-costura e equipe trabalhando de graça. Ainda na semana luxuosa em Paris, a Dior mostrou coleção clássica e cheia de lingerie na Avenue Montaigne, antecipando tendência das passarelas pra primavera-verão 2009. A nova temporada trouxe a polêmica Lindsay Lohan pra Ungaro e saltos altíssimos de McQueen. Viktor & Rolf desafiaram a física com furos enormes em camadas de tule, a Chanel foi ao campo ao som de Lily Allen... No saldo geral, mais uma baixa: a Maison Martin Margiela desfilou coleção duvidosa e logo foi anunciada a saída do estilista recluso do comando da marca.