Categorias: Moda

|Super System| por DJ ΛÐ_____TROPICAL DÉCADENCE

20.08.2010

Tá todo mundo falando de Recife, reparou? Berço da história do Brasil, do carnaval multicultural, do frevo, do maracatu e do manguebeat, a capital pernambucana e seus arredores é um caldeirão em ebulição de gente quente, música, arte, sol o ano inteiro e lindas praias. Na última temporada, Ronaldo Fraga, Amapô e Gustavo Silvestre foram alguns desfiles que retrataram um pouco desse universo em suas coleções. E é neste cenário de tropical décadence que tem surgido um fervido movimento de ótimas festas. Do brega ao eletrônico, nada de “não me toques”: todo mundo é gostoso e elegante, cada um à sua maneira. A coluna |Super System| traz um pequeno roteiro alternativo pra curtir noites enluaradas recifense!

Guga Matosespaco-mudaEspaço Muda

Pra começar a entender, Recife e Olinda são cidades irmãs, coladas uma na outra. Olinda é um casario histórico no alto de uma colina. Tem traços do Brasil-Colônia, e a cultura local é vista pelas ladeiras da cidade, com direito a mar azul, lindas paisagens e a vista de Recife. Banque o turista e vá comer uma tapioca na ou experimentar delícias na tradicional Licoteria Noctívagos. Amoleça um pouco e, se for terça, vale uma passada na Budega do Veio, com o projeto Terças do Vinil que anima quem passa na rua ao som dos vinis dos DJs locais. Música brasileira e raridades no cardápio!

Já Recife é mais urbana. A cidade se desenvolveu a partir do Recife Antigo, zona portuária, é recortada por rios e pontes, preserva prédios históricos, igrejas, a 1ª sinagoga das Américas etc. É muito legal! Um programa imperdível no centro é a Terça Negra, que acontece a céu aberto toda terça no Pátio de São Pedro, no centro. É um palco armado na rua com música negra, do afoxé ao hip-hop, muito calor, cerveja gelada e passinhos no paralelepípedo. Se você não quer nada com nada, vá jogar conversa fora no Bar Central: cardápio eclético e muita gente bonita em clima de paquera. Detalhae: na frente do Central fica o Frontal (Hahaha!)! Tem mais duas opções na r. do Lima, lá perto: o versátil Espaço Muda (onde fiz uma edição especial da minha festa Love Songs), que é misto de galeria, brechó, bar e lounge com programação supervariada; e o charmoso Acre, na esquina com a r. Aurora, onde é possível provar uma fingerfood simpática enquanto se compra alguma roupa ou acessório de alguns dos jovens designers locais.

Guga Matosfffesta-sem-locaoFFFesta Sem Loção

E de festão? A quinzenal FFFesta Sem Loção, realizada no Francis Drinks (ubertrashcool puteiro da zona portuária), é a sensação da noite de lá, megamix nonsense de tudo que leva o público ao delírio! DJ-mor da cena recifense há 15 anos e nome por trás do projeto, Lala K fez o sentido inverso no eixo SP-Recife semana passada: estreou sua festa em solo paulistano, com sucesso de público. A procura pela festa é tanta que a 2ª edição em SP já tem data marcada: 18/09 no Clube Lumis, no Bixiga (anote aí!). Ela e a Putz (outra superfesta, dedicada à musica eletrônica, da produtora Golarolê) são os projetos responsáveis pelas noites eletrônicas do bairro antigo. Também são bacanas as festas da Mau Mau – galeria/atelier/casa dos artistas Irma Brown e Fernando Peres. Por lá, expôs coletivas, discotecagens absurdas e shows em cima do telhado são algumas das atrações ocasionais. Um fervo só – é, fui pra Recife aprender frevo e acabei caindo de novo no fervo! Hahaha! Eita, terra de gente boa! Pra finalizar – e fazer esse clima tropical invadir nosso gelado finde – a querida Lala K fez um miniplaylist especial pra coluna |Super System|! Ouve aí:

Chicken Lips (Nina Hagen) – African Reggae by djad

Chromeo – Don’T Turn The Lights On (Christian Martin Remix) by earthToned

David E Sugar – Party Killer (Radio Edit) by Brian Gaffey

Agradecimentos às colaborações mais que especiais de Maria Duda e Gustavo Silvestre. Até a próxima! ΛÐ

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