Categorias: Moda Tendências

E o futuro do tecido está na mão de quem? Na sua!

22.01.2014

A Première Vision São Paulo acontece entre 21 e 22/01 e é voltada pro mercado – claro, se trata de uma feira de tecidos, espécie de filial da super Première Vision de Paris. Aí você, leitor do site, se pergunta: por que eu me interessaria pela indústria têxtil se eu só vou comprar e usar a peça pronta? Olivia Merquior, a coordenadora de moda do evento paulista, levou o Blog LP pra um tour pra conhecer a 9ª edição da PV e explica que sim, você deveria se interessar por tudo isso. E sabe por quê?

“Se você quer ter um mundo criativo, tem que se vestir com criatividade. Na nossa visão, o consumidor precisa se mobilizar, ter mesmo uma postura política de querer mudar”, ela conta. A lógica é: se existir demanda só pra poliéster, só vai ter oferta de poliéster – pra criar demanda de jacquard no Brasil, por exemplo, o consumidor tem que pedir pelo produto. E mais importante ainda: pra indústria de algodão, superimportante no país, se fortalecer, o ideal seria que o país usasse mais algodão e menos poliéster. Mesmo porque é mais adequado pro clima, com toque mais gostoso e por aí vai.

Quer estudar em uma escola de moda no exterior? Confira!

E o que Olivia revela é que a tendência mais forte hoje vai contra o processo de massificação e parte do próprio consumidor: “Ele faz bordado, tinge a peça, interfere nela. Quer individualidade na roupa”. Sim, é a volta da customização! Ela percebe inclusive que nem os novos estilistas estão dando conta dessa inovação, que acaba aparecendo só no fim da cadeia: “Justificam a utilização de matéria-prima ruim com a falta de dinheiro. Mas dá pra trabalhar a matéria-prima, pôr a sua mão, recriar, usar possibilidades a partir dela. É importante inclusive porque a indústria como um todo se alimenta dessa criatividade”.

A própria Première Vision São Paulo acaba mostrando um caminho parecido: o Projeto Intervenções, que está exposto no meio da feira, convidou marcas, estilistas e artistas pra se juntarem com marcas de jeans e aviamento pra criar uma calça do jeito que eles quisessem. O resultado pode inspirar novas possibilidades e, quem sabe, chegar na prateleira revisitado – apesar de a princípio não ter o objetivo de ser comercial. Quer ver um pouco disso? Clica na foto: tem calça de Ronaldo Fraga, Der Metropol, Sacada, Victor Dzenk

Tags:                                  

Compartilhar