Rodrigo de Almeida Prado
Isabeli Fontana, garota propaganda da Morena Rosa, ao lado de Marco, Eduardo e Lucas Franzato
Um lugar bem espaçoso, com direito a gramado no fundo, na av. Brasil quase esquina com a Rebouças. Esse é o novo showroom do grupo Morena Rosa em SP, que inclui a marca homônima mais Maria Valentina, Zinco e Joy. Blog LP foi na inauguração do local nessa semana sabendo de uma informação importante: a poderosa gestora de recursos Tarpon comprou 60% do grupo, que já estava tendo um grande crescimento. Pra dar uma ideia: foi a Tarpon que injetou dinheiro em Arezzo, Hering e Marisa, pra ficar só nas marcas de moda. A gente conversou com o diretor de mercado do grupo, Lucas Franzato, que também vem a ser filho do fundador e presidente Marco Franzato, sobre essa nova fase. Confira:
Internamente, vocês já planejavam fazer essa venda há quanto tempo?
Há oito meses estamos amadurecendo a ideia e há duas semanas a gente fechou com a Tarpon. Toda a equipe [do grupo Morena Rosa] será mantida, vamos somar o expertise deles em outras empresas e inclusive em futuras aquisições para o grupo. Temos algumas conversas engatilhadas com marcas, não posso adiantar, mas o objetivo é que em no máximo 2016 sejamos o maior grupo de moda do Brasil – em negócio, crescimento de marcas, todos os aspectos. Essa parceria com a Tarpon veio pra acelerar isso e o processo de varejo, que pra nós ainda é pequeno. Temos 2 lojas próprias e 3.400 pontos de venda em multimarca no Brasil todo. A ideia é aumentar o número de lojas próprias.
Vocês têm uma lista de concorrentes que, na comparação, dá uma ideia das diferenças desse número de pontos de venda, pra gente saber se é enorme, se é pequeno?
Sim, e isso foi uma das coisas que chamou a atenção da Tarpon. Eles ficaram impressionados com a forma de venda e de alcance pra tantos clientes – e o principal: sem denegrir a imagem da marca. A gente sabe que o público que compra em shopping é diferente do que compra em multimarca. Tem muitas cidades pequenas que têm multimarca e não têm shopping. Um dado interessante é que 85%, 90% do país é de cidades com menos de 100 mil habitantes. Essa lacuna já está muito bem preenchida.
Já existe algum planejamento inicial de abertura de novas lojas?
Esse ano devemos abrir de 3 a 5 lojas da Morena Rosa, já temos fechado Manaus, Rio e Salvador. Hoje já temos loja em SP e Porto Alegre. Não definimos ainda se as outras 2 serão em outras cidades, ou se vai ter uma a mais em SP, por exemplo. Em 2012 queremos aprender e amadurecer no varejo. No ano que vem, a ideia é ter o que chamamos de uma fábrica de lojas! Será uma expansão bem rápida. Maria Valentina, Zinco e Joy vão ter uma loja cada em SP. Por enquanto, elas não tem loja própria.
Fala mais sobre as outras marcas do grupo. Quais são as diferenças entre elas?
A Maria Valentina é feminina e adulta, tem um preço médio mais alto, na campanha de agora temos a Fernanda Lima. A Zinco começou com masculino, hoje tem linha masculina e feminina, é uma roupa um pouco mais barata, de mais volume de venda, pra um público mais teen. Nas campanhas a gente geralmente usa uma global, estamos com a Adriana Birolli. E a Joy a gente brinca que é uma mini Morena Rosa, moda infantil que tem um valor agregado considerável e que cresceu 80% no ano passado. É uma marca que a gente tem certeza que até 2014 vai ter o mesmo número de pontos de venda que a Morena, a Maria e a Zinco.
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Recentemente vocês começaram a investir mais em sapato da Morena Rosa, o que também cresce o mix de produto, certo?
Há um ano e meio incluímos sapato como complemento de coleção e eles tiveram uma aceitação muito boa. Nisso, já montamos uma equipe separada, focada nisso, mais uma fábrica que produz o calçado. E já avançamos muito, no design e desenvolvimento – em roupa a gente já sabe muito mas que em sapato esse conhecimento é fundamental. Já fizemos campanha com a Carol Trentini, vamos participar de feira de acessórios. É o mesmo processo da loja, começamos devagar, alinhamos, vimos que temos produto e qualidade – agora é hora de expandir.
