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O chiquérrimo Tom Wolfe morre aos 87 anos

15.05.2018

Ele é o autor de “Radical Chique” (uma visão bem irônica da relação entre a elite e causas ativistas, algo como o que chamam de esquerda caviar hoje), de “De Bauhaus ao Nosso Caos” (sobre arquitetura moderna) e tantos outros livros de não-ficção que lhe deram o título de um dos pioneiros do new journalism. Seu estilo de escrita era refinadíssimo, uma aula. E Tom Wolfe também tinha uma peculiaridade: sempre estava vestido impecavelmente com um costume branco – muitas vezes era um terno. O próprio já o descreveu como “neo-pretensioso“, algo que o fazia parecer “um marciano, um homem que não sabia coisa alguma e estava ávido pra saber”.

Mas a história, dizem, não foi uma escolha consciente dada à sua excentricidade. Um dos primeiros empregos de Wolfe, no “Herald Tribune” em NY, exigiu que ele comprasse um paletó, como era de praxe – cavalheiros usavam terno pra trabalhar na década de 60, jornalistas inclusos. Era verão, e ele comprou um branco por causa disso. E como o dinheiro era curto… ele usou o branco também no inverno! Nascia um estilo que perduraria por toda a vida dele.

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Tom Wolfe morreu nessa segunda-feira, 14/05, em um hospital em Manhattan, onde foi internado por conta de uma infecção. Ele tinha 87 anos. RIP – fica a dica pra quem se interessa por cultura em geral e, especificamente, por jornalismo. Qualquer livro dele (incluindo os de ficção, como “A Fogueira das Vaidades“) vale ser lido!

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