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Maria Bonita nas terras d’além mar

16.06.2011

Fado Tropical” (de Chico Buarque e Ruy Guerra) é a música que mais tocou nas salas onde se produziu pelos últimos 6 meses a coleção da Maria Bonita. É que a canção que mistura Brasil e Portugal serve como uma síntese do que é a primavera-verão 2011/12 da marca, assinada por Danielle Jensen. “Ouvimos tanto – e ela é tão dramática -, que às vezes a gente dava risada de tanto drama!”, conta Rosa Grossman, assistente de Danielle. Não por acaso, a faixa foi parar na trilha do desfile.

Tudo nas araras lembra o país que nos colonizou, mas Portugal da Maria Bonita continua sendo a cara da marca. A cartela de cores saiu do que Danielle viu em sua pesquisa de campo, de onde trouxe as imagens de azulejos, rendas e tapeçarias de arraiolo pra inspirar a criação das roupas. A pintura das porcelanas virou estampa pintada à mão, com mão-de-obra importada de Minas Gerais, e a geometria dos azulejos virou renda cortada à laser e colagens de papel lavável em cima do tecido transparente que Rosa define como “o mais leve do mundo”. E como não poderia deixar de ser, falando em Portugal, os óculos com aro de ouro nos lembram na hora o modelo redondinho que Fernando Pessoa costumava usar.

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