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Marcelo Quadros conta tudo sobre sua entrada oficial no ateliê Daslu!

21.12.2011

Com a notícia da entrada de Marcelo Quadros pro time da luxuosa Daslu, o Blog LP conversou com o estilista pra saber detalhes. Confira na entrevista exclusiva o que vem por aí – além de croquis da 1ª coleção da linha festa da marca assinados por ele na galeria!

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Marcelo, de onde surgiu o convite? Foi depois do sucesso das parcerias com a marca em 2010 e 2011?
Exatamente! Nós já fizemos 2 pocket collections [outono-inverno, lançada em 02/2011, e  primavera-verão, que ainda está nas lojas] e deu super certo. Eliana Tranchesi me convidou pra assumir esse posto de estilista – e fiquei super lisonjeado! Só me preocupei com a minha marca, que é superativa no mercado e tem visibilidade nacional e internacional.

E como fica a sua marca?
Nós conseguimos fazer algo bem legal. Como ambas transitam no mercado fashion e de luxo, a nossa clientela conversa, busca a mesma coisa. Por isso, a marca Marcelo Quadros a partir de agora entra pra Daslu, onde continuo meu trabalho da mesma forma de antes. A novidade é que também assumo a direção criativa de 3 linhas da grife: a Daslu Couture, a Demi-Couture e a Black Label.

E como será seu trabalho nestas 3 linhas? Qual é a diferença entre elas?
Na Daslu Couture o trabalho é todo artesanal. Recebo as clientes em meu ateliê, faço croquis e executo o vestido da maneira que elas querem. A Black Label é um prêt-à-porter de luxo, vestidos em edições limitadas que as mulheres podem comprar e levar prontos. Já na Demi-Couture temos um meio termo entre ambas, são vestidos prontos que podem passar por algumas alterações ou personalizações, como colocar ou tirar mangas etc.

E quando você começa a atender suas clientes na casa nova?
Já estou trabalhando! Assumi o cargo efetivamente nesta 2ª, 19/12, e já estou desenhando a 1ª coleção. Devo viajar nesta 4ª, 21/12, para Europa, pra pesquisar algumas tendências e trazer tecidos e aviamentos. Retorno no começo de janeiro, e no dia 9/01 já assumo meu novo ateliê e escritório, na loja do shopping Cidade Jardim.

Essa 1ª coleção já tem data pra sair do forno?
Tem sim! A partir de 7/02, sendo que a linha Daslu Couture é vendida exclusivamente na flagship no Cidade Jardim e as demais em todas as outras lojas. Podem esperar um novo olhar, imerso no universo Daslu.

A couture da Daslu já existe desde 1968, e já passaram pela marca nomes como Sandro Barros, José Nunes e Silvia Reale. O que muda com você?
Bom, é um novo momento, um novo fresh, puro frescor! Todos estes nomes tinham um caráter de couturier (costureiro), já eu sou um estilista. Venho de uma carreira de coleções, desfiles, processos criativos e conceitos. Meu trabalho, mesmo na alta-costura, é contar uma história. Não são apenas vestidos primorosamente executados, pendurados no cabide, entende? Creio que isso dê uma oxigenada nessa linha.

Quais são suas principais inspirações e ícones no momento?
Olha, minha principal inspiração sempre foi as mulheres. Todo criador é uma grande esponja, aproveitamos ideias de tudo ao nosso redor, desde um filme que assistimos, um livro lido, uma música na rádio e, especialmente, uma mulher. Existem dois tipos de mulheres: as que seguem a moda e as com estilo. Sou um cara privilegiado, pois posso conviver com ambas, o que me agrega muito. É claro que também sempre olho os desfiles e tenho meus estilistas preferidos, como Yves Saint-Laurent, Valentino, Galliano e Tom Ford – eles me inspiram. Além disso, temas como o clássico, o feminino, o luxo contemporâneo, o sensual e o conceitual são superexplorados por eles e por mim.

E quanto ao cenário atual dessa roupa couture no país, está favorável?
Superfavorável! A mulher brasileira já busca exclusividade. Mesmo as mulheres de muitas posses, que estão sempre transitando entre as metrópoles, acabam preferindo fazer um vestido por aqui, e sabe por quê? Pelo serviço! O atendimento brasileiro é um dos mais personalizados, temos um relacionamento próximo, baseado na qualidade e em todo o processo de feedback na execução da peça. Fora os preços abusivos. Tudo de fora é mais caro, outro motivo que valoriza o nosso trabalho.

Já se pode falar em luxo no Brasil? Como anda esse mercado?
Ô, se pode! Todos os olhares estão voltado pro Brasil neste momento. São investimentos canalizados aqui, grifes de todo o mundo abrindo suas franquias e o poder de compra dentro e fora do país, que tende a aumentar. Durante 4 meses trabalhei em Miami e lá pude constatar isso, a força de compra do brasileiro. Fora que nossa cultura de moda aumentou, né? As pessoas têm mais acesso à informação, viajam mais e entendem mais de moda do que há 10 anos. Eram tempos onde a gente falava de uma YSL Downtown e Hampton, ou ainda de uma Proenza Schouler e só quem viajava que conhecia… Atribuo essa evolução aos sites e blogs de moda, que estão cada vez melhores.

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