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Liya Kebede te ensina a escolher um candidato para as eleições presidenciais

22.06.2010

Liya Kebede é a atriz principal do filme “Flor do Deserto (de Sherry Hormann). É também a estilista da grife Lemlem, que emprega trabalhadores da cidade onde nasceu, na Etiópia, de maneira sustentável; a porta-voz da fundação que leva seu nome e combate o alto índice de mortalidade de mães e seus bebês durante e após o parto – e, ah, ainda é uma das 15 modelos mais icônicas da moda. O Blog LP entrevistou-a em SP, onde ela está pra divulgar o longa que estreia nessa sexta, 25/06 – confira!

Aurea CalcavecchiaLiya KebedeLiya Kebede

Blog LP: Você é uma modelo que já fez as vezes de atriz antes, no filme “O Bom Pastor” (2006, Robert De Niro). Como foi desta vez?
Liya Kebede: Sinto como se tivesse sido a 1ª vez. É que no outro filme tive um papel pequeno e desta vez sou a protagonista.

Teve umas aulinhas?
Não. Me preparei com antecedência, lendo o livro muitas vezes [o best-seller autobiográfico de Waris Dirie, que é interpretada pela modelo no filme]. Ficava na minha cabeceira, era como a minha bíblia. Daí fomos pra África gravar as 1ªs cenas e depois delas acabei me sentindo mais preparada pro resto do filme.

Você conheceu Waris Dirie?
Sim. No último dia de gravação! Foi extremamente estranho e desconfortável conhecê-la – sei lá, eu era essa pessoa que sabia de seus pensamentos mais íntimos e ela era essa pessoa pra qual eu era uma estranha.

Ele te disse o que achou do filme?
Não. Ela ficou de canto, observando. Mas já havia permitido que muita coisa da sua vida fosse tratada de maneira diferente, como ficção. Vi que em um determinado momento, numa cena que seu irmão aparecia, ela se emocionou.

Atriz, estilista, modelo, ativista. O que te dá mais prazer?

Tudo. Mas, no momento, atuar é o melhor [a top disse que tem projetos futuros envolvendo atuação, mas desconversou quando perguntamos quais eram].

Você tem a Liya Kebede Foundation. O que faz por ela, exatamente?
Estimulo a conscientização. Vou a diversos lugares pra falar disso; de que dar à luz deveria ser um momento de alegria e não de medo de morrer. Muitas mortes de mães e de crianças recém-nascidas podem ser evitadas e é disso que se trata a coisa toda.

A moda pode ser um pouquinho alienada no sentido de que são raras as vezes em que se mistura com aspectos sociais. O que você acha disso?
Tive apoio da moda. Anna Wintour [a editora da “Vogue” América], por exemplo, foi uma das pessoas que me apoiou com esse tipo de questão. Acho que caridade combina com tudo – inclusive com a moda.

De um jeito ou de outro, você está relacionada com política. Nós, brasileiros, vamos votar em um novo presidente este ano. Que características você acha que o eleitor deve levar em consideração na hora de escolher seu candidato?
P*ta m*rda! [Risos] Fora de ordem: questões relacionadas às mulheres; o potencial democrático, é óbvio; a saúde pública, que é o maior fator nos EUA; a educação e a confiança. Pode parecer inocente, mas acho que você deve sentir confiança ao olhar pra alguém. Não é mesmo?

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