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Um papo com a modelo plus size Justine LeGault

02.10.2016

A Elegance Plus Size trouxe a modelo plus size canadense Justine LeGault pra fotografar sua campanha de outono-inverno 2017 no Teatro Municipal de SP! A gente a encontrou durante o ensaio pra bater um papo e saber mais sobre sua carreira. Em sua 1ª vez no Brasil ela disse que gosta do jeito dos brasileiros, alegres e não superficiais. Justine posou pras lentes de Márcio Rodrigues com styling de Patrícia Kuratti e beleza de Carla Biriba – depois de ler a entrevista, clica na galeria pra conferir algumas fotos da modelo!

Como começou sua carreira de modelo?
Não queria ser modelo, queria na verdade estar atrás das câmeras! Eu estudava cinema e fui descoberta em um set de filmagem. Um homem veio perguntar se eu era parte do elenco de modelos que estaria no filme e quando eu disse que não, que não tinha o tamanho, ele me passou o contato de sua agência, pois estavam procurando uma menina com o meu perfil. Tive sorte de estar naquele lugar no momento certo!

Quais as dificuldades que você enfrentou no início?
Tenho uma boa pra te contar (risos)! Eu estava em um ensaio quando a produtora veio com uma bota pra eu colocar. Logo falei que não serviria – as botas nunca fecham na minha perna! Então ela disse pra que eu deixasse os profissionais fazerem o seu trabalho, que nunca deveria criticar a mim mesma antes que alguém fizesse isso. Foi aí que descobri que não vou sempre usar o que acho que fica bem em mim. Os profissionais que trabalham com moda que sabem qual é a roupa certa: o tecido, a silhueta, o corte também estão envolvidos, não é sempre só sobre o tamanho.

Como foi  pra você conquistar a capa da “Elle” Quebec?
Foi ótimo! Fiquei muito orgulhosa por ser a 1ª capa do Canadá com uma modelo plus size e uma das 1ªs do mundo. As capas anteriores eram bastante sexualizadas, a minha foi supernatural dizendo apenas “olá, essa sou eu!” Não tive que me desculpar por ser como sou!

Você sempre foi confiante com o seu corpo?
Não. Acho que o trabalho me ajudou muito nesse sentido. Trabalhei com pessoas que falavam que eu era linda, que precisava olhar pra mim mesma. A 1ª vez que fotografei com lingerie estava supertímida, mas tive que enfrentar esse medo. Enfrentei esse e outros. Isso constrói você.

Qual é a sua opinião sobre a moda plus size dentro do mercado de moda?
Tem muito mais oferta do que antes. Porém as grandes grifes ainda estão focadas nos corpos altos e magros e tudo que é pras “gordinhas” é sempre solto, grande, curvado. Sou muito clássica e gostaria de encontrar coisas que gosto, não apenas algo que sirva em mim. Acho ruim as marcas que fazem uma seleção plus size: quero a mesma coisa que as outras, porém no meu tamanho. Não quero algo diferente, que é o que acaba acontecendo.

Quais são as suas ambições pro futuro?
Tenho um livro em mente sobre mulheres e estou com esse projeto pro cinema, escrevendo um roteiro sobre minha vida. Tenho vontade de voltar um pouco pra trás das câmeras, de começar a fotografar. Gostaria de ficar mais envolvida no processo de criação. Aceitaria com certeza se uma marca me chamasse, por exemplo, pra fazer uma coleção. Adoraria!

Qual o seu conselho pra uma menina que não é tão confiante com o seu corpo?
Olhe pra si mesma, seja honesta, saiba que é forte e saiba quem você é. Quando você entende isso, se torna sólida e não se importa com qualquer coisa que alguém disser a seu respeito.

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