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Assistimos ao “I Am Cait” antes!

24.07.2015

Caitlyn Jenner é o assunto do momento. E a série-documentário em 8 episódios “I Am Cait“, que estreia no dia 2/08 no canal E!, é o 1º ápice dessa história: ela acompanha de perto a transição dessa mulher que já foi um atleta olímpico (que ganhou medalha, inclusive) e atualmente era coadjuvante num reality show que virou mania com sua maior estrela, Kim Kardashian West, sua enteada. Caitlyn já aparece em sua identidade de gênero autêntica logo no começo da série e, de cara, se prepara pro 1º encontro com a mãe pós-transição. E a gente já assistiu ao 1º episódio! Oba! Quer saber os motivos pelos quais você não pode perdê-lo? Confira:

. Não, esse não é um simples spin-off de “Keeping up with the Kardashians“: o tom é mais sério e até engajado, e existe uma preocupação de explicar essas questões de identidade e expressão do gênero de maneira didática. Às vezes pode ficar didático até demais – mas tudo bem, é importante mesmo espalhar informação de qualidade sobre o assunto, e quanto mais, melhor.

. E uma parte desse aprendizado sobre o assunto é o vocabulário. Além de novos termos – quem não é familiarizado com o assunto ainda precisa entender o conceito de cada coisa e se acostumar – a série deixa claro, por exemplo, que é uma grande gafe chamar uma pessoa transgênera pelo seu antigo nome ou pelo pronome no gênero da sua designação anterior (no caso, se referir à Caitlyn por Bruce ou ele, mesmo no passado). Além disso, mostra também que essa é uma mudança pra todos, e que às vezes a gente acaba se confundindo e errando – é normal e humano errar, o que não pode é continuar chamando-a de ele achando que isso é certo.

. Caitlyn brinca dizendo que ela é a mesma pessoa, só que numa “versão melhor”. Claro que, no politicamente correto, não dá pra falar que ela é uma “versão melhor” de fato e sim diferente – mas a verdade é que ela se mostra muito mais à vontade, leve, divertida. E antes, no “Keeping up with the Kardashians”, a gente a achava meio ranzinza mesmo… #prontofalamos!

. A série não esquece do lado glamouroso Kardashian-Jenner: a preocupação com moda, cabelo e maquiagem bomba! Mas existe o contraponto: grande parte dos episódios deve trazer Caitlyn conhecendo e acompanhando casos de transgêneros que não são famosos e que, muitas vezes, têm histórias tristes.

. Quem acha que não consegue se identificar com as questões apresentadas pelo “I Am Cait” pode se surpreender: acabamos nos deparando com indagações bem profundas e filosóficas. Ser mulher (ou homem) é só uma questão de usar maquiagem ou vestido (ou barba e calça)? E se não é só isso: então o que é ser homem ou mulher?

. Vai ter Kardashian sim: as filhas e enteadas fazem participações especiais. E tem até um genro…

Veja também: estamos de olho nos looks de Caitlyn Jenner!

“I Am Cait” estreia no dia 2/08 às 23h, mas a gente recomenda ligar no E! às 21h, horário marcado pra transmissão da entrevista com a jornalista Diane Sawyer, que aconteceu antes da gravação de “I Am Cait” e foi feita justamente pra anunciar a transição. Pra quem se interessa sobre o assunto e quer se aprofundar, a gente também recomenda:
. Revista Geni – publicação virtual sobre gênero, sexualidade e temas afins;
. “Vozeria” – documentário da diretora Raphaela Comisso que deve ser lançado em breve e fala sobre identidade de gênero, orientação sexual, transfeminismo e homotransfobia, entre outros assuntos;
. Assessoria de Cultura para Gêneros e Etnias, entidade da Secretaria da Cultura do Governo de São Paulo que inclui, entre outros, o Museu da Diversidade;
. Canal das Bee – canal do YouTube que traz vídeos bem-humorados contra a homofobia, bifobia, machismo e transfobia;
. Página do Facebook da Daniela Andrade – ela é uma ativista transfeminista que escreve textos contundentes, vale acompanhar;
. Textos de Maria Clara Araújo na revista online Capitolina – Maria Clara virou notícia ao ser uma das 95 transexuais autorizadas a usarem seus nomes sociais no Enem em 2014 e passou em pedagogia na UFPE. Ela escreve sobre transexualidade no geral e muitas vezes foca em como a questão se desenvolve no ambiente estudantil;
. “De Gravata e Unha Vermelha” – documentário da diretora Miriam Chnaiderman que já esteve no circuito comercial e traz várias entrevistas, desde Candy Mel (da Banda Uó) até Laerte Coutinho passando por Rogéria, Dudu Bertholini, Ney Matogrosso e outros;
. Site oficial da dra. Letícia Lanz – psicanalista transgênera que fez mestrado sobre o tema e criou o grupo Transgente;
. “Viagem Solitária” – livro do transgênero João W. Nery, autobiografia que fala sobre tudo o que ele passou antes, durante e depois da transição. Tanto João quanto Letícia também aparecem em “De Gravata e Unha Vermelha”!

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