Ele ficou conhecido por volta de 2012 como integrante da boyband One Direction. Três anos depois, anunciou sua saída da banda para carreira solo. Agora, confirmou: Harry Styles aos 26 anos já fez história e 2020 é dele! Segundo o relatório anual da Lyst “Year in Fashion 2020”, ele é a celebridade mais influente do ano na moda, posição nunca antes atingida por um homem. Em 2019, quem ocupava o topo da lista era Meghan Markle, duquesa de Sussex, mulher do príncipe Harry, enquanto o ator Timothée Chalamet vinha em segundo lugar, como maior influência masculina.
E mais: Harry é o primeiro homem a ganhar uma capa só pra ele na edição de dezembro da revista “Vogue” norte-americana, desde sua criação em 1892. E mais ainda: usando vestido! Tá, o vestido só é revelado nas páginas internas, nas fotos de Tyler Mitchell com styling de Camilla Nickerson, com outros looks de vestido, saia, trench coat, kilt e blazers de etiquetas como Gucci, Commes des Garçons Homme Plus e JW Anderson – quebrando as barreiras de gênero e expressando seu estilo mais ousado para alguém tão pop. No Instagram do cantor, com mais de 33 milhões de seguidores, a foto já tem 174 mil comentários!
Desde 2013, Styles já se destacava por seu estilo irreverente, o que o levou a ganhar o prêmio British Fashion Awards naquele ano. Também em 2013, foi capa da “Vanity Fair” italiana com o One Direction. Em 2017, ano de sua estreia como ator (!!!) no filme “Dunkirk“, o estilo de Styles (nome mais que apropriado, não é mesmo?) já consolidado lhe rendeu mais uma vez a capa da revista, desta vez sozinho e de cabelo curto.
Na turnê “Where We Are”, de 2014, looks Saint Laurent de Hedi Slimane estavam entre seus favoritos, com botas de camurça, jeans skinny, ombros mais soltos e cintura mais marcada – bem rock’n’roll e de cabelo comprido. Nos anos seguintes, com o stylist Harry Lambert, seu estilo metamorfoseou para uma vibe mais agênero, quebrando estereótipos de masculinidade e enfraquecendo as fronteiras entre os guarda-roupas feminino e masculino.
Segundo Lambert, um dos marcos de mudança do estilo de Styles foi o look total Gucci com estampa floral usado no American Music Awards de 2015. Depois disso, foi Gucci, Gucci e mais Gucci, tanto nos clipes do primeiro álbum solo, lançado em 2017, quanto nos shows e tapetes vermelhos.
Tanta paixão pela Gucci virou business sério! Em junho de 2018, Alessandro Michele, diretor criativo da marca, convidou Styles para ser o novo rosto de suas campanhas. Deu tão certo que, no Baile do Met 2019, Styles e Michele chegaram juntos no tapete vermelho como co-anfitriões do evento. O tema era “Camp: Notes on Fashion“, e enquanto o estilista vestia um macacão rosa com manga bufante e laços, o look de Harry era de tule preto, com transparência, babados e sensualidade.
No final de 2019, a Gucci lança uma camiseta inspirada no segundo álbum solo do cantor, “Fine Line“. Bem retrô, ele aparece na capa com calça de cintura alta branca com botões dourados e camisa e suspensório pink, e no mês do lançamento, Harry praticamente não saía de casa sem a unha pintada e seu colar de pérolas.
O poder de influência de Styles é enorme: em fevereiro deste ano, ele usou um cardigã JW Anderson todo colorido e os fãs começaram a copiar, tricotando seus próprios modelos e postando no TikTok com a hashtag #HarryStylesCardigan. Viralizou tanto que o próprio Jonathan Anderson postou um tutorial no Youtube ensinando a fazer a peça. E o museu britânico Victoria & Albert já solicitou o modelo original para ter o registro de como as pessoas exercitaram a criatividade durante a pandemia do Covid-19.
Outras tendências viralizadas por ele são o chapéu bucket amarelo e o blazer azul do clipe “Golden“. Segundo a Lyst, nas 24h após o lançamento do clipe, a busca por blazer cresceu 52% e por chapéus aumentou 92%. No caso do cardigã JW Anderson, o pico das pesquisas pelo tricô foi na última semana de julho: 166% acima do normal.
Em entrevista à “Vogue” América de dezembro, ele diz: “Há tanta alegria em brincar com as roupas. Eu nunca pensei muito sobre o que significa – é apenas uma extensão do processo de criar algo”. Para Styles, a moda agênero também significa se libertar: “Quando você elimina o ‘roupa pra mulher e roupa pra homem’, quando você remove barreiras, obviamente você abre a arena em que pode jogar. Toda hora que você constrói barreiras na sua vida, você está se limitando”. Como discordar, né?