A Givenchy quer fazer alta-costura com a exclusividade que lhe é de origem. E para isso, dá adeus à Semana de Alta-Costura de Paris, trocando o desfile badalado por apresentações individuais – numa casa do século XVIII localizada na Place Vendôme – pra clientes e editores, com uma coleção resumida em apenas 10 looks. Crise no mercado de alto-luxo? Pra Riccardo Tisci “depois de uma crise, uma nova era começa. A alta-costura voltará a ser superexclusiva”.
ReproduçãoGivenchy alta-costura outono-inverno 2009/10
O estilista deu entrevista ao WWD ao lado de Pierre-Yves Roussel, chefe executivo do grupo LVMH – e ambos garantem que a mudança de planos chega a ser 35% mais custosa do que mostrar a coleção na passarela. No lugar de um casting completo, plateia extensa e forte cobertura da mídia, a Givenchy oferece aos clientes um lookbook artístico, fotografado por Willy Vanderperre, e a presença de poucas e boas tops, como Lara Stone e Mariacarla Boscono. Tisci atenta para o fato de que as clientes da alta-costura da maison não freqüentam os desfiles, por questões de segurança.
A mudança é um movimento considerável pro mercado do luxo, que volta a ser menos acessível ao grande público – que na verdade não chega a consumir o que vê. E além do resgate do antigo formato, a Givenchy anunciou parceria com uma grande joalheria mas ainda esconde seu nome. As apresentações das roupas de Riccardo Tisci começam no dia 6/07 e a Chambre Syndicale de La Couture Parisienne anunciou um dia dedicado à alta joalheria (08/07), que já conta com Chanel Joaillerie, Boucheron, Chaumet, Van Cleef & Arpels e ainda deve incluir a novidade da Givenchy. Très chic.