Pra comemorar o centenário da estilista Zuzu Angel (ela nasceu em 05/06/1921 e foi assassinada em 1976), o Itaú Cultural transformou a exposição “Ocupação Zuzu“, que aconteceu fisicamente em 2014 (relembre aqui), num grande tour virtual com direito a conteúdos inéditos, como um verbete na Enciclopédia Itaú Cultural. Além disso, tem conversas com Virginia Siqueira Starling, que está escrevendo a biografia de Zuzu, e o estilista mineiro Ronaldo Fraga, que a fez homenagem à estilista em duas edições do SPFW, em 2001 e em 2020 (veja mais aqui).
Uma das primeiras a exportar moda brasileira, Zuzu fez da roupa um instrumento de resistência no período da ditadura militar (1964–1985) no Brasil. Nascida em Curvelo, Minas Gerais, ela casou com o americano Stuart Angel. Depois de morar na Bahia, eles se mudaram para o Rio de Janeiro, onde ela abre um ateliê dentro de casa, já separada do marido e com três filhos.
Ali ela fica próxima de nomes como a primeira-dama Sarah Kubitschek (1908–1996) e conquista a sociedade local com seu trabalho, ganhando o mercado internacional com a ajuda da atriz Joan Crawford. Suas coleções traziam elementos da cultura nacional, como o casal cangaceiro Lampião e Maria Bonita, numa época em que Paris predominava como referência. Em 1971 tudo mudou com a morte de seu filho, Stuart Angel, aos 26 anos, alvo da ditadura militar. Zuzu então encontra na moda um meio para denunciar o desaparecimento de Stuart.
Na ocupação virtual é possível conhecer mais de perto o trabalho genial de Zuzu, sua postura revolucionária e a história de uma mãe em busca de justiça para o filho. Pra ter acesso ao conteúdo, é só clicar aqui – e aproveita também pra assistir ao vídeo sobre a estilista no meu canal do Youtube com uma comovente entrevista com sua filha Hildegard Angel!