Elle Macpherson é uma das pessoas que deu origem a palavra “supermodel“. De tão importante que foram as modelos desta categoria, o termo foi parar no dicionário, significando “uma modelo muito famosa” (na definição do “Cambridge Advanced Learner’s Dictionary“). As de hoje também são modelos muito famosas mas são outros os tempos e, dizem, a era das supermodelos acabou. Ou seja, Elle é um dos únicos “espécimes” no mundo. Com seus 46 anos e uma forma física que continua sustentando o apelido “The Body” (que ganhou da revista “Time” em 1986), ela está no Brasil pra divulgar sua linha de lingerie, a Elle Macpherson Intimates, que será produzida e distribuída com exclusividade pela Valisère a partir do ano que vem. Esse e outros assuntos estão nesta entrevista exclusiva para Blog LP!
Daniel Alfaya
Elle Macpherson, uma supermodelo entre nós
Você tem uma grife de lingerie no mercado. Mas quanta lingerie tem em casa?
Devo ter uns 100 conjuntos. E de vários tipos! Guardo os que mais gosto, mas estou sempre renovando o que há no meu guarda-roupas. Não posso ter uma peça de cada da minha marca, pois cada coleção tem centenas de peças. Mas tenho alguns itens misturados com os de outras marcas.
E o que você você nunca vai ter, nem no armário e nem na sua linha?
Não há nada de que eu não goste. Gosto de lingerie elegante, gracinha, bem-humorada, sexy. A única coisa que eu não gosto mesmo é quando o sexy se torna vulgar.
Você é (e tem) “o corpo”. Quais são os cuidados que tem com ele?
Não faço nada.
Ah, vai.
É verdade. Quase nada.
Tá, então conta quanto tempo do seu dia dedica a ele?
Pouco. Olha só: começo o dia praticando esporte por, mais ou menos, 1 hora. Mas tem dias em que posso ficar 4 horas seguidas surfando, depende. Depois preciso tomar banho, mas sempre fui muito rápida nesse tipo de coisa. São 15 minutos no máximo. Passo maquiagem e estou pronta para o dia.
Tem algum item de beleza que você carrega na bolsa?
Protetor solar.
Mas e esse cabelo?
Eu lavo com xampu e condicionador.
Nem uma hidrataçãozinha, nada?
Não. Eu acordo assim.
Você fechou o último desfile da Louis Vuitton. Nessa passarela estavam outras modelos de perfil mais comercial do que fashion. O que achou disso?
Foi um statement de beleza. Fiz isso porque Marc [Jacobs, diretor de criação da marca] me pediu e eu acho que o que ele quis dizer é que a beleza é algo maior, que não tem tipo e nem idade.
Há quem diga que a substituição das modelos muito magras pelas curvilíneas é uma tendência estética. Você concorda?
Não. As modelos curvilíneas sempre estiveram na moda. Mas eu não dou ouvidos ao que a moda diz sobre os corpos; que tipo está in e que tipo está out. Estou muito mais preocupada com a minha vida.
