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Crise, cortes e mudanças na Condé Nast

03.08.2018

A Condé Nast, a empresa por trás da  “Vogue”“Vanity Fair” e “The New Yorker”, é uma das mais bem sucedidas editoras de revistas mas atualmente passa por uma crise! A queda das vendas de impressos e de anunciantes mostra que uma mudança de rumo é necessária – e já está sendo feita, segundo artigo do jornal “The New York Times”. Pra cortar gastos e se tornar mais influente no mundo digital, a empresa pensa em vender 3 de suas 14 revistas (“Brides”, “Golf Digest” e “W”essa última a gente te contou nesse link) e arrendar 6 dos 23 andares que ocupa no One World Trade Center, em NY. Investimentos em anúncios online mais coleta e análise de dados pra fins publicitários também estão previstos. Isso apontaria pra toda uma mudança de mercado que impulsionaria o online no geral e não só por lá.

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Por muito tempo as revistas de moda e estilo eram a referência pra quem curtia esses assuntos. Profissionais antenados em tendências, comportamento e estilo de vida recheavam as páginas com imagens inspiradoras, matérias instigantes e anúncios lucrativos. Mas a realidade, hoje, é outra. Internet, celular, Youtube e Instagram mudaram a forma de consumir conteúdo. Fotos e o vídeos assumem o protagonismo e os influenciadores mudam o foco das marcas. Afinal, o que promove mais engajamento e vendas: a Kylie Jenner em um post patrocinado ou uma página impressa? Ao mesmo tempo: esse investimento em influenciadores é válido a longo prazo, pra construção da imagem da marca?

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Como reflexo desse novo cenário, a companhia perdeu US$ 120 milhões em anúncios pagos em revistas impressas no ano passado (2017). E está rolando um boato que pode abalar ainda mais a situação… a possível saída de Anna Wintour depois da edição de setembro, que vai ter Beyoncé como capa (a gente te contou mais desse babado aqui)! Bob Sauerberg (atual presidente da Condé Nast) tentou abafar a conversa nessa terça (31/08), quando divulgou um comunicado dizendo que Wintour “concordou em trabalhar comigo indefinidamente em seu papel de editora-chefe da ‘Vogue’, e diretora artística da Condé Nast”. Será?!

Mesmo com tudo isso, algumas práticas já existentes na ‘Vogue” dão um caminho possível de sobrevivência online – tipo o sucesso da série em vídeo “73 peguntas com”, por exemplo, que tem mais de 300 milhões de visualizações desde que começou em 2014. Será que vem mais produções visuais por aí? Estamos de olho!

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