China, Índia e Japão nos sonhos e looks de Saint Laurent
13.10.2018
Um ano depois de abrir as portas, o museu Yves Saint Laurent de Paris inaugura sua 1ª exposição temporária. Saem os looks que formavam uma retrospectiva com figurinos de época e obras e de arte e entra “L’Asie Rêvée d’Yves Saint Laurent”, ou A Ásia Sonhada por Yves Saint Laurent, em cartaz até 27/01/19. Tudo a ver com o universo do estilista que, desde que abriu sua própria maison, em 1962, olhou pro Oriente.
O curioso é que, mesmo com toda a fascinação, ele raramente viajava pros lugares que o inspiravam. Saint Laurent só foi à China em 1985 – pra inaugurar uma exposição sobre seu trabalho em Pequim -, apesar de desenhar roupas inspirado naquele país desde os anos 70. São esses looks, especialmente da coleção de outono-inverno 1977/78 que estão dispostos nas primeiras salas da mostra, ao lado de roupas de época como a capa de seda brocada do século 18, da dinastia Qing, que pertenceu ao bailarino Rudolf Nureyev.
Também tem caixas de laca chinesa, vaso de porcelana, um disco de jade da cultura Liangzhu (cerca de 3.000 anos antes de Cristo!), a porta de um palácio do Rajastão, mais acessórios indianos e quimonos do período Edo do Japão. Saint Laurent e seu sócio Pierre Bergé tinham muitas coisas do tipo em sua grande coleção de arte, vendida em 2009 no que ficou conhecido como o leilão do século (te contamos aqui!). O trabalho da curadora Aurélie Samuel foi encontrar objetos parecidos no acervo do museu Guimet, de arte asiática, e de colecionadores particulares.
Todos eles ajudam a traçar um paralelo entre as referências do estilista e os looks de alta-costura pra entender melhor como era seu processo criativo. Na galeria de fotos acima você passeia pela expo e vê mais exemplos desse diálogo!
Aurea Calcavecchia, nossa infohunter, direto de Paris