Esse foi um ano de mudanças e cortes pra Condé Nast, editoras de revistas superimportante com títulos como “Vogue“, “W Magazine“, “Glamour” e “The New Yorker” (saiba mais aqui)! Mas o fato é que a crise das revistas não é de hoje – a internet tomou conta da nova geração e isso fez com que grandes nomes perdessem investimento (a Condé Nast perdeu cerca de US$ 120 milhões, ou seja, R$ 460 milhões, em anúncios pagos em 2017!) e a venda de impressos despencasse! Com isso e pensando em novas estratégias, a revista “Glamour” dos EUA é um dos títulos que passa a ser 100% digital, com sua última edição impressa em janeiro de 2019 – ano em que ela completa 80 anos!
A revista tem um foco mais jovem e Samantha Berry, que entrou como editora-chefe esse ano, segue pra comandar a nova era exclusivamente digital! Segundo entrevista pro “The New York Times“, Barry disse que “esse é meu plano porque faz sentido! É onde o público está e é onde está o nosso crescimento. Essa programação mensal, pro público da Glamour, não faz mais sentido”. Sob seu comando, a Glamour teve crescimento no digital de 11% nos acessos mensais e 5% no engajamento! Já o Youtube teve um crescimento bem mais significativo, de 111% (com 1,6 milhão de inscritos) e eles pretendem crescer ainda mais, com investimentos, novas séries e projetos pro canal!
A revista, que já foi uma das mais lucrativas do grupo, deve manter algumas edições especiais em papel – quando acontece o prêmio Women of The Year, por exemplo! Quanto à versão brasileira, ainda não se sabe ao certo se eles devem parar totalmente com o impresso, mas já lançaram sua primeira edição 100% digital em setembro com o projeto G Especial! Segundo a “Glamour“ Brasil na época, “não, a nossa revista impressa não acabou e não, o G Especial não é uma versão online do que você encontra nas bancas! Ambas as edições são diferentes, complementares e repletas de conteúdos inéditos”! Vamos ficar de olho!
ATUALIZAÇÃO 26/11 às 11h:
A gente recebeu um comunicado oficial da “Glamour” Brasil por e-mail garantindo que não vai interromper sua versão impressa – confira:
A Condé Nast Internacional orienta que cada país tome as decisões relacionadas a suas marcas individualmente, dependendo da dinâmica do mercado local e das especificidades culturais. Em alguns mercados o foco da “Glamour” continua nas edições impressas e digitais, mas em alguns outros mercados a marca passa a atuar apenas no digital e redes sociais. A decisão da Condé Nast USA não afeta em nada a publicação da marca no Brasil. A “Glamour” Brasil continuará publicando sua versão impressa além de sua fortíssima atuação nas plataformas digitais.