Aquele auê com móveis infantis superbacanas

13.10.2016

A Maria Joaquina Marcenaria surgiu da união entre um pai, artesão e marceneiro autodidata, e uma filha formada arquiteta. Juntos nessa empreitada há quase 10 anos, Camila Bianchi e seu pai, Leo, deram início à ideia de marcenaria familiar focando em projetos sob medida pros clientes. Há pouco mais de um ano, ela passou a ter também uma linha pré-montada, voltada pro público infantil. São móveis que dialogam com o modo Montessori de pensar sobre a infância – isso quer dizer que todos os objetos que pertencem ao universo do pequeno devem estar acessíveis a ele, como camas baixinhas, livros à altura da mão e assim por diante. Conversamos com Camila sobre essa novidade – confira!

A Maria Joaquina começou dando vida a projetos sob medida e agora tem uma linha forte de design infantil. Como surgiu essa vontade?
Quando engravidei do meu primeiro filho em 2012. Fui buscar  opções diferentes de mobiliário e decoração pra quarto de bebê e me decepcionei. As cores eram limitadas ao branco, azul e rosa e o desenho também era pouco desenvolvido.

Acha que o mercado infantil de móveis é ainda pouco explorado?
Acho que ainda há muito espaço no mercado, tenho visto marcas pequenas nascendo e isso me dá muita esperança. Elas têm uma liberdade criativa sem igual, se movimentam com mais facilidade que uma grande indústria e podem explorar novos materiais e novas formas de produzir o mobiliário infantil.

Prêmio de melhor acessório infantil vai pra… bandana da Titi Gagliasso!

A linha da Maria Joaquina de móveis infantis tem uma identidade própria, bem característica da marca. É possível passar um pouco dessa identidade quando se trabalha com móveis personalizados, feitos sob medida? Claro que as cores mudam, principalmente quando são móveis para adultos, mas o quanto é possível dar uma assinatura aos móveis sob encomenda?
Aqui na Maria Joaquina o infantil e o personalizado sempre foram dois modelos de negócios diferentes, mas ao longo dos anos foi ficando mais claro pra mim que sim, é possível manter uma assinatura em móveis sob medida e personalizados. Isso pode vir de algumas formas: o tipo de material que preferimos usar e o design dos puxadores que fazemos são dois exemplos que marcam a nossa assinatura. Tem uma marcenaria que admiro muito desde sempre e que é quase impossível não reconhecer seu desenho: Baraúna. Eles conseguem fazer isso de forma primorosa!

Vocês reutilizam os materiais. É uma questão importante pra vocês?
Aqui racionalizamos todos os cortes, principalmente os de materiais que não tem valor se sobrarem, como por exemplo o MDF. Então a racionalização do corte reduz as perdas a quase zero. No mobiliário infantil acontece uma coisa mais legal: cortamos todos os produtos em uma máquina que se chama CNC (Comando Numérico Computadorizado). Quando desenhamos a chapa fazemos o aproveitamento de 98%, ou seja, tudo se transforma em produto. Ainda assim, destinamos o que sobra de madeira maciça e compensado pra uma escola que usa as sobras no desenvolvimento de brincadeiras e atividades educacionais.

Silvia Feola, do site “Os Novos Bárbaros“, infohunter do site Lilian Pacce

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