#girlempower no Dia Internacional da Mulher

07.03.2015

8/03 marca o Dia Internacional da Mulher mas, afinal, todos os dias deveriam ser da mulher. Pra muita gente é mais uma desculpa pra dar um presente, mas na verdade a data é importante pra pensar nos avanços pela igualdade dos sexos e, principalmente, no tanto que ainda é necessário fazer. O discurso de Patricia Arquette no Oscar, no qual ela defende salários iguais pra homens e mulheres nos EUA, é apenas um dos exemplos que temos pra mostrar que o assunto é pauta muito séria e que o feminismo não é questão superada. Então, no lugar de sugerir presentes que você poderia dar pras mulheres importantes da sua vida, a gente decidiu pedir que você dê uma flor e que pense sobre essas questões relevantes! #girlempower já!

. A passarela é lugar pra discutir direito da mulher? A Chanel levantou a bola na primavera-verão 2015 com um desfile em forma de manifestação de rua com ares anos 70. Teve quem torceu o nariz e achou que a apresentação esvazia o significado das manifestações. Nossa opinião? Realmente o feminismo poderia ter ficado mais em foco. Por outro lado, o resultado de qualquer maneira foi o feminismo virar pauta. E quanto mais se fala dele, mais oportunidades de explicá-lo e exercê-lo. Outro exemplo bacana são os desfiles da Miuccia Prada, que discutem gênero e papel da mulher na sociedade com constância.

. #askhermore: o pessoal das redes sociais pede, com essa hashtag, que os entrevistadores da cobertura de tapete vermelho perguntem mais do que apenas a marca do vestido das atrizes e cantoras. Nós, que somos da moda, adoramos saber a marca do vestido – mas saber sobre o processo de criação da Meryl Streep também nos interessa muito, claro! E a verdade é que a gente também queria que os entrevistadores #askHIMaboutthesuit…

. Saia curta, fenda ousada, decote profundo, sensualidade à Kim Kardashian: tudo isso está na moda. A mulher que usa essas tendências está pedindo pra ser estuprada? A gente espera que esse questionamento nem passe pela cabeça dos leitores do site, mas enfim, se passar, segue a resposta: nunca. E mais: ninguém tem o direito de chamar alguém de vadia por causa da roupa que a pessoa veste. Fim de papo.

. É muito perigoso falar que “feminismo está na moda”, porque moda é coisa que passa, que muda. Mas a verdade é que se atrelar ao discurso feminista é uma onda entre campanhas de publicidade voltadas para a mulher, especialmente com a proximidade do Dia Internacional da Mulher. Bacana – porém mais bacana ainda se isso não for uma onda e sim fizer parte do universo da marca pra sempre, certo?

. Feminismo não é chatice, feminista não é chata. O movimento trata de questões importantes pra sociedade, então não fale esse tipo de frase pronta. A Beyoncé, por exemplo, se autoproclamou feminista no último Video Music Awards da MTV (olha a foto aí). Alguns apontam o feminismo dela como questionável por causa da imagem sexualizada, e outros apontam justamente o contrário: que o feminismo clássico teria a tendência de dessexualizar a mulher e que a cantora estaria ajudando as mulheres a pensar em sua sexualidade e se empoderar dela. Mais ou menos a mesma discussão que a gente tem com funkeiras como Valesca Popozuda no Brasil. “É minha, é minha” – e você sabe muito bem do que a gente está falando!

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