Todo ano acontece a Concurso de Inovação Social, um desafio da Comissão Europeia em homenagem ao político português Diogo Vasconcelos (1968-2011) com direito a prêmios em dinheiro e aberto para indivíduos, grupos ou organização europeia. O tema deste ano é “Reimaginando a Moda: mudando comportamentos para uma moda sustentável” e, no início de maio, foram anunciados os 30 semifinalistas que vão receber apoio para desenvolver os projetos finais que serão entregues em agosto.
Entre as inovações propostas pelos semifinalistas, estão os projetos “Hempcell“, que pretende desenvolver e comercializar o liocel a partir da fibra do cânhamo, menos prejudicial do que o algodão para o meio ambiente; e o “Dyeluxe“, que usa resíduos alimentares de empresas produtoras de sucos para o tingimento natural das roupas.
Além do “Dyeluxe”, vários projetos focam no tingimento e até mesmo revolucionam esse processo. O “Novel Dyes for Water-free Dyeing of Biofibres“, por exemplo, busca a redução do desperdício de água a partir de tintas para biofibras usando apenas gás carbônico. Já o “Post Carbon Fashion” trabalha com tingimento regenerativo com aplicação têxtil através de processos microbiológicos sustentáveis com zero desperdício.
Outro highlight é a inscrição da Semana de Moda de Copenhague (que este ano acontecerá de 9 a 12 de agosto) na competição. O projeto chamado de “Reinventando a Semana de Moda de Copenhague” pretende, a partir de janeiro de 2023, que as marcas participantes do evento tenham de cumprir pré-requisitos ligados à sustentabilidade.
Dos 30 projetos a serem entregues em agosto, apenas 10 vão pra final. Os finalistas, então, participam de uma cerimônia em que 3 projetos são selecionados e os vencedores recebem um prêmio de € 50 mil (cerca de R$ 295 mil) cada. No ano que vem, os projetos dos semifinalistas ganham mais uma chance: o que tiver maior impacto positivo desde sua criação também recebe um prêmio de € 50 mil!