Aquele auê com vestidos vintage do Japão

15.09.2016

Quando chegamos ao endereço que abriga o brechó Voyage Voyage Vintage, localizado bem no centro do bairro da Pompéia, em SP, tivemos uma surpresa. A expectativa é que uma jovem japonesa seja a dona da empreitada por causa da especialidade do local, vestidos e quimonos importados do outro lado do mundo dos anos 70 e 80 – mas a ideia é da argentina Micaela Wernicke!

Micaela veio pro Brasil com apenas dois anos e cresceu perto de Cotia, frequentando o clube japonês do local e tendo a cultura da terra do sol nascente como algo próximo. A ligação de seus pais argentinos com os japoneses, todos no fundo imigrantes, também colaborou pra isso. Contudo, foi só nos últimos anos que essa referência tomou corpo também no âmbito do trabalho. Depois do seu mestrado em História da Arte Contemporânea e da Arte Japonesa no Reina Sofía, em Madri, ela começou a pesquisar sobre moda. Em seguida surgiu o desejo de garimpar peças e investir em um brechó, algo que unisse o charme do vintage ao reuso das peças. Só que, com tanto brechó no mercado, ela queria um diferencial. E a referência do passado voltou!

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Hoje ela importa as peças de dois brechós com quem tem parceria no Japão, e a curadoria é voltada pra apresentação de itens tão diferentes quanto acessíveis financeiramente. “Há dois tipos de moda japonesa dos anos 70: uma preza a estampa de flores, que nos é mais comum; outra faz de diferentes estampas um desenho mais estruturado. Sempre dou preferência a essa última porque quero oferecer algo mais especial”, explica. Além disso, ela dá bastante atenção ao tecido. Quase tudo o que seleciona é de chiffon ou linho, com pouco material sintético. “Tento evitar uma peça toda feita em poliéster”, revela.

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O brechó Voyage Voyage Vintage fica na r. Cuxiponés, 210, Pompéia, SP, e atende com hora marcada (pra agendar tem que mandar e-mail pra voyagevoyagevintage@gmail.com). Conta também com uma arara permanente na loja Japonique, na Vila Madalena (r. Girassol, 175). Vale a visita!

Silvia Feola, do site “Os Novos Bárbaros“, infohunter do site Lilian Pacce

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