Aquele Auê refletindo moda com Rico Dalasam

04.08.2016

Lembra que o site conversou com o Rico Dalasam lá em 2015? De lá pra cá, ele lançou disco novo (o “Orgunga“) e continua no corre! Na vanguarda, como representante do “queer rap” (em português, rap gay), Rico é ativista da causa LGBT. O sobrenome artístico de Jefferson Ricardo da Silva traz um significado: é a abreviação da frase “Disponho de Armas Libertárias a Sonhos Antes Mutilados”. Só nisso, já dá pra perceber o engajamento e o quanto o músico está se colocando à frente das coisas.

Muito se fala acerca da moda e do consumo conscientes, não apenas estimulando a compra do pequeno produtor mas também quando se fala do empoderamento de escolher o que tem a ver com a gente. Você vê a moda desse jeito, como empoderamento pela escolha de mostrar como somos?
Sim, porque a imagem fala quando estamos quietos. Expressamos nosso discurso pela imagem; ela contém nossa narrativa pessoal.

De que modo você vê a moda como um item transformador, tanto pessoal quanto social?
A moda, pra mim, é um lugar onde a gente encontra um modo de comunicar como nos sentimos. Toda vez que você usa algo, está construindo uma imagem por meio de uma ideia. Você faz uma intervenção, constrói algo que não passa batido.

Você era produtor de moda antes de se dedicar exclusivamente à música. Os figurinos dos seus shows são todos pensados por você?
Sim. Mas não penso muito antes dos shows. Não penso por datas e nem por shows específicos. Produzo moda na vida, e produzo sempre as coisas que acho legais, então na hora tenho várias opções e edito bem rápido.

Uma dica de lugar bacana para ir em SP:
A “Rota do Acarajé” [restaurante na Santa Cecília]. É um lugar despretensioso e meio mágico, faz você se sentir um pouquinho na Bahia.

Silvia Feola, do site “Os Novos Bárbaros“, infohunter do site Lilian Pacce

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