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Teresa Helbig – Madri outono-inverno 2012/13

03.02.2012

Quando pensam em moda brasileira, devem pensar em biquíni – e quando a gente pensa em moda espanhola? Flamenco? ¿Rojo y negro? Esquece: do mesmo jeito que no Brasil a gente tem moda como a de Reinaldo Lourenço, Alexandre Herchcovitch e outros, que nao se encaixam no estereótipo e criam imagens contemporâneas sem nacionalidade específica, o que enche os olhos nas passarelas daqui (ao menos pra estrangeiros) sao apresentações que deixam claro que aquela marca tem um DNA próprio e se diferecia das outras. É o caso da criadora Teresa Helbig, estabelecida em Barcelona. Sua moda é de ateliê (ela só faz coisas sob encomenda), mas nao pense em “vestidos bolo”. Mais pra um minimal futurista tipo Gloria Coelho do que exuberâncias, seu trabalho é fino, de alta qualidade e, principalmente, tem um twist cool.

E o seu outono-inverno 2012/13 é um babado – literalmente. Aquele que fica na barra do vestido curto quase reto, bem girlie. Essa é a silhueta principal da coleçao à anos 20. Lindezas: as linhas verticais (em recortes, em fitas aplicadas, em bordados com pequenas contas, em alternância entre tecido transparente e não-transparente) que deixam o look mais longilíneo apesar de curto, o plissado bem miúdo e levíssimo em verde, o poá em tule preto por cima do pink, as franjas localizadas saindo do colo tipo melindrosa mais discreta, os nudes (a cor clássica da estilista, segundo ela mesma). E o momento “tchans!” no fim: peças inteiramente bordadas com pedras preciosas coloridas, cristais e pérolas. Nos pés, bem, há controvérsias: as botas de caubói feitas em colaboração com Juan A. Lopez dão um toque mais rock’n’roll. Tem quem saiu do desfile achando que estragou, especialmente com os longos. Mas a gente curtiu! E você? (Jorge Wakabara)

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