“Dior e Eu”: a dor e a alegria de ser um criador

27.08.2015

2/07/2012: o mundo da moda fervia. É que Raf Simons, estilista que era adorado e incensado enquanto trabalhava na Jil Sander, fazia sua estreia em um desfile de alta-costura da Dior. Ele havia assumido o cargo de diretor criativo da marca e tinha a responsabilidade de substituir John Galliano (Bill Gaytten assumira a função interinamente desde a demissão de John). E, não dá pra negar olhando com distanciamento: os fashionistas não estavam lá muito confiantes que Simons se encaixaria bem na nova casa. Ele vinha de uma história de minimalismo, e os especialistas estranharam a escolha dele pra uma das grifes de luxo mais poderosas do mundo. O tempo e a estreia em si provaram que o criador não estava ali pra brincadeira – foi um sucesso.

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Mas antes do sucesso, é claro que Simons estava superapreensivo: ele teve cerca de dois meses pra preparar a coleção, sendo que nunca tinha trabalhado num ateliê de alta-costura antes. “Dior e Eu“, o documentário que entra em cartaz nos cinemas do Brasil, conta o que aconteceu nessas poucas semanas: a pressão, a vontade de injetar novas ideias, o relacionamento em formação entre o diretor criativo e as costureiras, a referência (e a reverência) ao trabalho do fundador da maison Christian Dior… Dirigido por Frédéric Tcheng, que vem se especializando em docs de moda (pense em “Valentino: O Último Imperador” e “Diana Vreeland: O Olhar Tem Que Viajar“, dois dos mais bacanas longas da área lançados nos últimos anos), o filme emociona – quem curte o assunto precisa ver! Vai lá!

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