Vivienne Westwood Red Label primavera-verão 2016

21.09.2015

Você vê um protesto em plena passarela no fim de um desfile e pode pensar: “Hum, cópia da Chanel de primavera-verão 2015“. Jura mesmo? Pense outra vez, porque estamos falando de Vivienne Westwood – a estilista que prefere falar de política do que de moda… Pra começar, as bandeiras levantadas na primavera-verão 2016 da sua Red Label na Semana de Moda de Londres são reais, no sentido de que Vivienne realmente as defende já faz algum tempo, escreve textos a respeito delas, lança camisetas com elas cuja renda é revertida pras causas… Ao mesmo tempo, muitos acham o que ela faz incoerente – tão incoerente quanto Lagerfeld ou talvez até mais, porque continuar participando do ciclo sazonal de moda com o discurso “compre menos e com mais qualidade” seria contraditório, como nos lembra o jornalista Luke Leitch no texto sobre esse mesmo desfile pro site da “Vogue” América.

Bom, o que acontece é que Vivienne usa a plataforma da moda como divulgação das causas que acredita, e ninguém pode negar que isso é ousado e instigante. O objetivo é alcançado: as pessoas que se interessam por moda acabam tendo que encarar outras questões e pensar sobre elas. Já na passarela, faz um tempo que Vivienne exercita estilo e não propõe tendências fortes – dessa vez, a camiseta traz estampa de pegada; o corseletado e a cinta sadomasoquista convivem com malharia, calça de cintura alta, tailleurs e jogging (calça Korova, alguém?); os metalizados do momento estão presentes de maneira discreta. Alice Dellal (que, olha aí, também é musa da Chanel) fecha a apresentação. Clica na foto pra ver mais!

Tags:                              

Compartilhar