Móveis de Rem Koolhaas, cenário de apartamento, roupas que não privilegiam a tal “imagem de moda da passarela que não vai pra rua” e sim clássicos que já poderiam estar no armário de qualquer um que vê essas fotos. OK, talvez a camisa com babado, tipo um minijabô acompanhando os botões, não seja básica; talvez o jeito de usá-la, com a gola direita levantadinha pra fora e a esquerda escondida sob o casaco, desajeitada e geek chic total, não seja clássico. Mas o clima é estranhamente familiar. O “retrô futurista“, esse paradoxo da moda contemporânea, parece tão… contemporâneo. O casaco de couro colorido, dentro desse contexto, não parece uma ideia antiga – parece simplesmente uma ideia boa. E acompanhá-lo com uma calça seca e curta é óbvio, mas não no sentido negativo. Afinal, qual outro melhor jeito? Miuccia falou no backstage que a coleção de outono-inverno 2013/14 da Prada é uma “forma humana e pessoal de ver a moda”. Você pode ter tantas leituras dessa frase aberta que o melhor é focar no que a coleção significa nesse todo. Primeiro: o básico é cada vez mais fashion – depende de quem usa, depende de como usa, depende de quem vê. Segundo: o futuro é agora.
