Mais uma estreia em Paris – depois de ser ressucitada pelas mãos de Manish Arora, a direção criativa da Paco Rabanne agora fica a cargo de Lydia Maurer, que apresenta sua 1ª coleção pela maison. E o fato mais instigante é que, em uma temporada em que Lydia poderia deitar e rolar em cima dos anos 60 (eles voltam a ser uma década-referência), a estilista prefere olhar… pros anos 70! Ou pelo menos pra um mix deles. Entre as musas citadas no texto distribuído à imprensa estão Anita Pallenberg e Marisa Berenson, mas o resultado não é literal: o comprimento é curto como os 60; o decote em V profundo é 70 total; o atrevimento dos looks “periguete do futuro” é Barbarella 2.0 e devem agradar uma clientela mais jovem. As pastilhas unidas por elos voltam em linguagem e modelagem bem feminina e sensual (evasê, transparência). E nos pés, gladiadoras: guerreiras sexuais intergalácticas! Só falta uma nova Jane Fonda – se bem que Aymeline Valade dá conta do recado abrindo e fechando o desfile.
