O comercial com alma do Diego Fávaro

27.07.2018

Tem estilista que quer vender por vender, quer simplesmente ter dinheiro, e tudo bem. Mas não é o caso de Diego Fávaro. Ele não esconde que gosta de fazer uma moda mais comercial, porém guarda um plot twist: ele quer vender porque gosta. Porque é legal ver gente usando coisas que ele criou. Porque pra além de um meio de ganhar a vida, o desafio de empreender pode ser prazeroso. E o estilista chega nessa sua décima coleção com belas conquistas: sua roupa e seus acessórios são pop pra muito além do que se esperaria de uma marca independente.

Ele conta no backstage que, em data comemorativa, se sua mãe perguntava se ele queria “uma festa ou uma viagem”, ele sempre respondia “viagem”. É isso que ele faz: esse desfile simboliza uma viagem com sua turma, com elementos de rafting, mergulho e motocross. As roupas tem uma pegada ainda mais utilitária, agora com náilon levinho, tricô, camuflado e uma estampa pra imitar o marrom “sujo de barro”, inevitável em esportes de aventura ao ar livre. A gente também adora as palavras escritas nas roupas, como o “Sob Neblina Reduza a Velocidade” na jaqueta laranja e o “Área Restrita – Não Ultrapasse a Faixa Amarela” do moletom que deve virar hit, tipo o novo “Help” de Diego!

E tem as parcerias: os tênis e botas com a Passarela; o bracelete-pulseira de Wallace Barros; o boné da Starter (tem um bordado com “Décima” se referindo à décima coleção); a malharia da Factoria; as meias da Underful; os óculos curvos inéditos da Kitschic, meio “Matrix“… Tudo é bem feito, a cara dos millennials, de alto potencial comercial. A gente adora! (Jorge Wakabara)

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