O ativismo cada vez mais vocal de Vivienne Westwood

19.02.2019

Vivienne Westwood tem cada vez mais interesse em usar a plataforma da moda e, especificamente, do desfile pra falar de questões que lhe são caras: o aquecimento global, o consumismo desenfreado, o ativismo político. Então é natural que, de repente, sua passarela se transforme em palanque. Rose McGowan, Camilla Rutherford, Hugo Hamlet, Sara Stockbridge e outros ativistas aparecem (até John Sauven, diretor executivo do Greenpeace!) e não apenas desfilam mas discursam – sobre o Brexit, sobre direitos, sobre democracia. Muitas peças possuem palavras de ordem estampadas, camiseta-slogan, declarações pra serem levadas no peito. “Homo loquax“, lê-se na boca de cena: o homem que fala, que se comunica. Em tempo: o outono-inverno 2019/20 de Vivienne aconteceu em 18/02, mesmo dia em que Extinction Rebellion, grupo ativista, organizou protestos na porta de diversos desfiles da Semana de Moda de Londres.

Voltando: os modelos fazem a entrada final carregando bandeiras, como numa manifestação. Vivienne se junta a eles cantando (!) e ainda diz: “Algo precisa acontecer esse ano”. Tem quem ache a estilista contraditória ao ser anticonsumista e apresentar roupas com o objetivo de vendê-las. Particularmente, essa atitude é punk; e Vivienne nunca prometeu ser coerente pra ninguém. E você, vai vestir camisa?

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