Antes de falar da coleção de primavera-verão 2018 de Michael Kors, é preciso falar de outra coisa: será mesmo que está acontecendo? Ao que tudo indica, sim: sem alardes, sem muito anúncio, quem abre o desfile é a top de 43 anos Carolyn Murphy, depois rola uma Ashley Graham bem curvilínea ali no meio e, veja só, é esse desfile que possui um dos castings mais diversos da Semana de Moda de NY, em termos étnicos, de idade, de medidas de corpo – com a Helmut Lang correndo em segundo lugar. Ainda existe uma predominância branca e bem magra, é verdade, mas é nítida uma mudança de cenário. Desfiles que abraçam essa diversidade obtém um ar mais atualizado instantaneamente – que bom, é um começo, mas a gente espera que isso seja apenas a ponta do iceberg de uma indústria mais aberta e inclusiva, tanto na passarela e na frente das câmeras quanto no backstage; e que esse movimento não aconteça apenas pra, literalmente, “sair bem na foto”.
Quanto às roupas: o estilista pensa em um verão de verdade, numa praia urbana com estampa de folhagem, um clima gostoso e leve de tie-dyes estilizados, degradês, sensualidade em decotes e bustiês. Mesmo quando a alfaiataria aparece, ela é mais solta, mais pra Califórnia que pra NY. A cartela de cor inclui rosa e azul com P&B e cinza. Veja mais na galeria!
