“Deuses do Egito” está em cartaz, pro bem ou pro mal – mas se você quiser uma visão mais, digamos, refinada e cool da chamada 1ª civilização, pode correr pro outono-inverno 2016/17 da Givenchy. Apresentada após o supershow em NY da temporada passada, ela também tenta mudar alguns paradigmas da grife que hoje tem seu nome tão atrelado ao estilista Riccardo Tisci: a passarela se estreitou e se transformou em um labirinto, pintam crashs de estampas ousados (mandala com listrado P&B; geometrias supercoloridas com animal print…), e grande parte da iconografia que deve virar hit entre as fashionistas “tiscistas” como o olho de Hórus e as asas de falcão vem de recortes unidos em patchwork. Outra pegada interessante é a dos vestidos mais delicados, bem anos 60, à… quem diria, Hubert de Givenchy: o pretinho com aplicação de pele na mesma cor e o branco com camadas de pétalas-penas de renda, usado com casacão por cima. Em contraponto, o militarismo de outros looks sugere guerra. Espiritual? Que seja: na dúvida, faça a egípcia, bem mais instigante e diferente do que está sendo apresentado em outras passarelas.
