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Dior primavera-verão 2014

27.09.2013

TransDior. No sentido de transformação, transporte, transgressãoRaf Simons parece estar bem confortável na cadeira de direção criativa pra começar a arregaçar as mangas e injetar um universo particular, com sua assinatura, em uma das mais tradicionais marcas de moda francesa. Nessa primavera-verão 2014 apresentada na Semana de Moda de Paris, a sua missão parece ter decolado de vez: ao terninho e à silhueta com mais volume no quadril (tipo ampulheta) se unem toques de “rafsimonices” típicos de sua marca masculina homônima ou mesmo de seu trabalho na Jil Sander. O maior sinal está nas frases impressas em vestidos, como “hiperrealidade de dia”. A nova camiseta de protesto? Com a tecnologia em tricô apresentada em peças diáfanas como o suéter rosa levíssimo ou a saia-lápis transparente com nervuras, como se fosse canelada, também estão os brasões a princípio estranhos ao universo Dior. Esportivos, jovens, colegiais, muito street. Mas não é só isso. O texto distribuído à imprensa dá mais pistas de onde Simons quer chegar: “(…) uma nova mulher flor, um lugar de hiperrrealidade e artificialidade, ainda estranhamente fundamentado entre o natural e o cotidiano”. Dos mistérios inexplicáveis do mundo, que trazem o interesse e o desejo, o espinho que ele escolheu pra essa rosa não é o mais óbvio fetiche sexual, mas essa colisão entre o científico e a experiência do dia-a-dia. Ainda vai dar caldo. O que pode pegar de fato: o plissado levinho.

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