Dior alta-costura outono-inverno 2015/16

06.07.2015

O remix (pra usar um termo contemporâneo) do moderno e do antigo é o mote do trabalho de Raf Simons na Dior, e provavelmente um dos motivos que o tornam tão revelante: ele empresta técnicas, climas e materiais de diversas épocas pra transformá-los em algo além. Quando chegam as coleções de alta-costura, isso é ainda mais evidente, já que entram em cena técnicas centenárias de ateliê. A obra clássica do pintor Hieronymus BoschO Jardim das Delícias” é o ponto de partida desse outono-inverno 2015/16, mas Simons continua sua viagem de referências passando por Impressionismo e pontilhismo (ora de bordado com pinceladas à mão, ora de microplumas coladas uma a uma em perfeccionismo de cair o queixo), medieval (alguém falou em “Game of Thrones“?), Belle Époque… E vai daí que o mantô é feito de pele, tweed e neoprene – a mistura é que dá a liga. A construção dos vestidos off-white, à camisolão, é das mais complexas, pra dar esse efeito fluido; é a tal simplicidade aparente que na verdade exigiu uma superconstrução. A silhueta ampla (especialmente nos maxicasacos) às vezes ganha um acinturado New Look – e repara no ombro arredondado, estruturado e ao mesmo tempo suave. Assimetrias e coletes bordados-enfeitados fazem toda a diferença, deixando a produção mais atraente e glamourosa. Quem diria que Simons já foi reconhecido como o estilista minimalista por excelência? Máxi é mais – confira a galeria!

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