Diego Fávaro outono-inverno 2016

14.04.2016

Suba na moto de Diego Fávaro e corra pra uma coleção de… outono-inverno 2016. Sim, isso mesmo – assim que a gente entrou no backstage, um pouco antes do desfile, ele já foi dizendo: “Então, fiz uma coleção de inverno…” Risos! É que Diego não esconde de ninguém sua vontade de vender a roupa que faz. Então a ideia já foi entrar no movimento do “see now buy now” e colocar o que está na passarela nas araras o mais rápido possível.

Voltando à coleção, é ótimo ver como o estilista vem num crescendo de cair o queixo. Se sua moda é prima da de Alexander Wang na combinação streetwear e esporte (sendo que a versão de Diego é mais polida e namora pencas o agênero), o fato consumado é que o brasileiro conseguiu construir uma imagem de marca rapidamente, muito clara e esperta. A referência da moto que a gente falou no começo vem da própria vivência de Diego, que anda com sua moto pela cidade comprando tecido, fazendo entrega… Pra dar um peso a mais, ele misturou esse utilitário com aquela imagem de motoqueiro de Harley Davidson. O resultado é um tanto fetiche (em especial no styling de Fernando Batista, com as balaclavas; e nas peças que deixam bastante pele de fora, com alça ou telinha) e muito preto.

É aqui também que aparece a 1ª peça acinturada que Diego já fez na vida: um vestido construído com ribanas (aquele punho caneladinho). A com estampa de GPS vira blusão tipo moletom. Assimetrias dão um charme a mais, fitinhas presas uma a uma na tela fazem efeito tecnopeludo e as palavras em negrito estampadas, que já viraram sua marca registrada, ultrapassam a simples logomania e viram contador de velocidade (20, 40, 60, 80, 100, 120 por hora e subindo!), setas (bora pra frente!)… E o resultado também é bom porque é a cara do público que está ligado na Casa de Criadores. Só no corre! Cai dentro! (Jorge Wakabara)

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