A nova Chanel: mais roupa, menos show

03.05.2019

Virginie Viard trabalhou por mais de 30 anos ao lado de Karl Lagerfeld. Com a morte dele, essa é a sua primeira coleção solo na Chanel, assumindo esse manto da direção criativa do começo ao fim (Karl já tinha deixado a última, do Chalé Gardênia, pronta). E ela deixa claro que as coisas vão mudar, mas ao mesmo tempo se assegura a dar uma impressão de continuidade. Como assim, isso não é incompatível? Pois bem: códigos da casa como as gardênias e o sapato bicolor continuam. Mas as gardênias se transformam em belos vestidos 3D prontos pro tapete vermelho; o bicolor vira uma botinha supermoderna. Virginie é a primeira mulher desde a própria Gabrielle Coco Chanel a assumir esse posto de estilista da marca, e acrescenta essa visão feminina de que a roupa, antes de ser um espetáculo pra passarela, precisa ser… uma roupa.

Conta a lenda que o começo da história de amor entre Coco e Boy Capel envolveu uma estação de trem – ela foi atrás dele no dia em que ele deixava Pau, a cidade francesa. O cenário da vez, portanto, é uma plataforma de Saint Tropez; convidados foram recebidos com um café da manhã que incluiu croissants, frutas, salmão defumado. Elementos na roupa se referem ao tema: relógio analógico, por exemplo. Pra combinar com as roupas, batom bem escuro e lenços na cabeça dão um charme.

Mais destaques pra anotar: laços; calça tipo harém (ampla mas apertada na barra); mochilinhas, pochetes, cintos com bolsinhas; cintinho ou fita marcando a cintura; calça e bermuda justas, tipo legging e bermuda ciclista; logomania em estampa corrida; ombro em destaque com recortes triangulares de ponta cabeça, bem oitentistas; candy colors (ainda); cascatas de babados na saia longa; tailleur com minissaia, o retorno. Checklist pronta? Confira a galeria!

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