A alfaiataria sem gênero da Maison Margiela

26.09.2018

John Galliano foi um dos primeiros, frente à Maison Margiela, a aderir a essa onda agênero de agora. Mas ele sabe que isso não é novidade e organiza o seu pensamento a partir de suas memórias – leia-se Boy George e Leigh Bowery, a montação dos anos 80. Portanto o seu agênero tem menos a ver com uma brincadeira entre os limites da “roupa de homem” e “roupa de mulher” e mais com uma criação que pensa em roupas que provocam o nosso senso estético, depuradas em suas desconstruções, mas que consideram superadas essas questões do gênero no guarda-roupa. É uma peça – o sexo de quem usa é um mero detalhe. É por isso que o resultado fica mais vanguardista e arrojado. Nessa primavera-verão 2019 apresentada na Semana de Moda de Paris o estilista se encontra mais centrado na alfaiataria, com o pesponto substituindo os “esqueletos de roupa” das temporadas anteriores pra exibir a (des)construção das peças. Outro statement: o dourado! Veja mais na galeria.

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