Será que a luz azul emitida por aparelhos eletrônicos afeta mesmo a saúde da pele?

20.08.2020

Foto Reprodução

Aparelhos eletrônicos emitem “poluição digital”, que pode fazer mal para os olhos e pele

A gente já sabe que manter a pele bem hidratada é essencial para a saúde desse que é o maior órgão do corpo humano! Mas a gente não se dá conta de que a vida plugada no mundo virtual, seja celular, computador e até televisão, pode causar muitos danos! Aparelhos eletrônicos emitem luz constantemente e exigem cuidados, especialmente se forem utilizados por mais de oito horas por dia – ou seja, todos nós, né!

Segundo a dermatologista Adriana Vilarinho, são vários os efeitos nocivos da superexposição à luz azul, que é emitida principalmente pelo sol mas também por aparelhos eletrônicos. “A luz azul em excesso pode causar inflamação conjuntiva, da córnea e do cristalino. Além disso, na retina temos células sensíveis à luz azul, que reduz a liberação de melatonina e altera a fisiologia do sono”, explica.

Uma molécula normal tem número par de elétrons na última camada (à esq.). Um dos efeitos da luz azul é estimular a formação de radicais livres, que são instáveis por terem um número ímpar de elétrons na última camada (à direita), alterando o funcionamento da célula

É comprovado que a luz azul influencia a qualidade do sono porque altera o equilíbrio hormonal e afeta o ciclo circadiano. Mas o oftalmologista Luis Carlos Sá afirma que ainda não há consenso definitivo sobre se sua exposição prolongada pode realmente causar distúrbios na visão. Trabalhos científicos com filtros que bloqueiam 99% desse tipo de luz mostram que eles não são mais eficientes do que filtros de densidade neutra (que reduzem a intensidade das ondas de luz).

O comprimento de onda da luz azul estimula a liberação de radicais livres, que podem causar alterações celulares, como envelhecimento. Entre os efeitos perceptíveis, de acordo com a cosmetologista Roseli Siqueira, estão as rugas e a flacidez da pele. Outro problema é a alteração dos melanócitos, responsáveis pela produção de melanina, o que leva ao surgimento de manchas no rosto.

Creme Blue da Puravida (R$ 130) e creme Blue Protect da Provanza (R$ 88)

Para os olhos, dra. Adriana recomenda o uso de óculos com lentes amarelas ou laranjas e, pra pele, filtro solar que defenda a pele dos raios UVA e UVB, mesmo dentro de casa. Já Roseli é adepta do fortalecimento da pele e de evitar o uso de filtros (veja vídeo aqui). Ela indica o uso de cosméticos naturais com antioxidantes, óleos para combater radicais livres e fortalecer os melanócitos e a pele.

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Já existem produtos no mercado que alegam proteger contra a luz azul. Nos Estados Unidos, a Goodhabit nasceu especificamente com esse propósito: do gel micelar ao tônico esfoliante e serum hidratante, a linha possui “tecnologia Blu5” que, segundo a marca, neutraliza os efeitos da poluição digital e a liberação de radicais livres na pele.

Cremes da Sisley (R$ 800), Anna Pegova (R$ 250) e Bioderma (R$ 105)

A maioria dos produtos disponíveis possui ativos que refletem a luz azul, como é o caso do creme Blue, da marca Puravida (com espirulina azul, uma alga antioxidante, e ashwagandha), do novo filtro solar Photoderm-M da Bioderma, da linha Blue Protect da Provanza, do hidratante SisleYouth Anti-Pollution da Sisley e do Hydratant Mixte da Anna Pegova.

Pra quem se interessa por medicina oriental, Roseli aconselha trabalhar com a energia Yang. Para tal, recomenda a máscara de chocolate de sua linha de produtos, que, segundo ela, restabelece o equilíbrio energético. A cosmetologista defende a importância de tomar entre 20 e 30 minutos de sol por dia (sempre com a pele bem hidratada, por dentro e por fora) para regular nosso ciclo de melatonina, o tal do “hormônio do sono”, que também é importante no processo de reparação celular.

Produtos da marca Goodhabit que prometem combater a luz azul e, acima à dir., Gel Mousse de Chocolate e Ouro Roseli Siqueira (R$ 599)

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